martedì 16 luglio 2013

MONSIGNOR LEFEBVRE: "UN PO' DI STORIA DELLA MIA LUNGA STORIA"...

Fonte: Campograndecatolica...

Chiediamo se qualcuno fosse in grado di tradurre la conferenza in italiano... 
 
* Tourcoing, 29 de Novembro de 1905
+ Martigny, 25 de março de 1991

A PEQUENA HISTÓRIA DA MINHA LONGA HISTÓRIA

Vida de S.E.R. Dom Marcel Lefebvre contada por ele mesmo em forma de palestras na Abadia São Miguel.

Estas conferências foram proferidas por Sua Excelência Monsenhor Marcel Lefebvre na Abadia São Miguel nos dias 07, 08 e 12 de fevereiro de 1990.
A fim de preservar, nestas conferências, seu caráter próprio e pessoal, o estilo falado foi conservado, exceto algumas correções: os títulos e subtítulos são da redação.



Prólogo

Perguntaram-me se poderia dar conferências às Irmãs. Oh! Se elas me pedem, eu lhes darei a pequena história da minha longa história. Eu lhes falaria um pouco daquilo que o Bom Deus fez por mim durante minha existência, com toda simplicidade.

Pensei como intitular essas conferências e achei que seria: “Os rumos da Providência no curso da minha vida e como é bom se entregar totalmente a Ela para agradar ao Bom Deus”. “Ut placeat tibi Domine Deus”. Esta é a prece que lemos no ofertório : “Nós Vos oferecemos este sacrifício”, nosso sacrifício em união com o Vosso para que ele vos agrade. “Ut placeat tibi Domine Deus”. Reconheço que meus oitenta ou oitenta e dois anos de vida consciente, - porque não falo muito dos anos da infância -, me ensinaram justamente a seguir a Providência, a buscar nas circunstâncias, nos acontecimentos da vida, qual é a vontade do Bom Deus, para tentar segui-la.

A infância


Família Lefebvre
Passamos alguns anos de vida tranqüila em família, com nossos pais cristãos, profundamente cristãos. É verdade que a igreja paroquial não era longe, cinco minutos a pé. Todas as manhãs, meus pais lá chegavam cedo para comungar, e assistir à Missa quando podiam. Naquele tempo, na paróquia, um padre dava a comunhão a cada quarto de hora, de cinco e quinze da manhã até nove horas, creio. Era o costume daquele tempo, porque muitas pessoas iam para o trabalho e não tinham tempo de ficar para a Missa. Chegando, pois, à igreja alguns minutos antes do quarto de hora, ficava-se seguro de poder comungar. Alguns minutos para se preparar, outros tantos depois de comungar, e partia-se para o trabalho. Habitualmente, meus pais assistiam à Santa Missa, senão iam ao menos comungar.

Observando as leis de Deus, começaram por ter cinco filhos, ano a ano, depois três outros mais tarde. Três em 1903, 1904, 1905, os três primeiros (René em 1903, Jeanne em 1904 e Mons. Marcel Lefebvre em 1905 – Nota do Editor); depois, em 1907, minha irmã Marie-Gabriel, em 1908 minha irmã Marie-Christiane, e, em 1914, bem às vésperas da guerra, Joseph. Depois, os dois outros após a guerra.

Vivemos felizes durante esses anos que precederam a guerra. Meus pais se casaram em 1902, eu nasci em 1905. Tinha, portanto, nove anos quando a guerra foi declarada.

A ambiência da vida no norte


A ambiência da vida no Norte era uma ambiência de trabalho. O trabalho é a usina que comanda tudo. Todos vão ao trabalho: patrão, empregado, operário; uns às seis da manhã, outros às sete e meia. O operário permanece no serviço até a batida do sino, e o patrão, algumas vezes até às nove ou dez horas da noite. E isso todos os dias, todos os dias.

Fábrica de tecidos: às cinco e meia – seis horas da manhã ouvia-se os teares começarem a funcionar. As chaminés começavam a soltar fumaça, porque tudo era alimentado a carvão; ainda não havia eletricidade. Era a vida regular, um tanto quanto monótona. Geralmente, o tempo está coberto, naquela região, um pouco cinzento, e isso não convida ninguém a passear. Por isso as pessoas amam o trabalho e ficariam infelizes se não pudessem trabalhar. Penso um pouco na Suíça alemã: é a mesma coisa – não vá me desdizer. Quando visitei Ibach na região de Schwytz, havia uma senhora, Mme Elsener, boa pessoa, que tinha uma metalúrgica, cutelaria. Ela empregava mil operários, se me faz o favor! Não é um pequeno negócio. Quando seu marido morreu, foi ela que virou patroa, passou a dirigir a fábrica com seus filhos. Todos eles trabalhavam: as moças no escritório, os rapazes na fábrica. Ela também trabalhava, de manhã à noite, e me dizia na sua simplicidade: “Você sabe, nossos operários ficam tristes nos Domingos, porque não podem ir trabalhar na fábrica… assim é a vida”.